segunda-feira, 18 de outubro de 2010

REAVALIAR - UM DOS SEIS "RÊS" - TRECHO DO CURSO "RECONSTRUINDO NOSSO PLANETA" - CAMINHOS - O CONCEITO DE FELICIDADE - VALORES - OS PADRÕES DE CRESCIMENTO - QUEM PAGA A CONTA - VALORAÇÃO - CUSTOS AMBIENTAIS.

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REAVALIAR


TRECHO DO TEXTO “SUBSÍDIO INFORMACIONAL A PROFESSORES DO CURSO
RECONSTRUINDO NOSSO PLANETA,  DESTINADO A COMUNIDADES RURAIS”.




CAMINHOS


Reavaliar caminhos que a humanidade seguiu e que não estão dando certo. O que precisamos fazer para corrigir o erro, ou erros? Temos que mudar nossa compreensão, nossos valores, nossos costumes, nossos comportamentos?

Em primeiro lugar, se chegamos à conclusão que tomamos um caminho errado no passado, como devemos agir?...Certamente parar, e raciocinar com seria o caminho certo. Na maioria das vezes temos que—depois de parar— retroceder e, lá atrás, reencontrar o caminho original.

Quando realizamos ações para reduzir, reutilizar, e reciclar estamos desacelerando o ritmo de nossa caminhada. Quando reavaliamos nosso passado, nossos hábitos e costumes, aquilo que achamos que é bom ou que não é bom (valores), estamos parando. Quando economizamos e reproduzimos, buscando fazer as coisas com nossas próprias mãos, estamos retrocedendo. Quando tomamos atitudes positivas e executamos ações de reconstrução, estamos dando os primeiros passos no caminho correto.

O CONCEITO DE FELICIDADE

Além de caminhos, podemos reavaliar vários conceitos:
Reavaliar se a felicidade encontra-se na busca incessante dos bens materiais. Há outros “bens” que também trazem felicidade. O conhecimento, por exemplo, por si mesmo, já nos causa muito prazer. Além disso, o conhecimento nos conduz a uma maior consciência  das realidades do universo, da terra, dos seres vivos, da civilização humana...E mais, o conhecimento nos estimula a lutarmos por ideais que resolvam os problemas suscitados. É uma alegria, uma felicidade muito grande a aquisição do conhecimento.

O conhecimento é tão amplo, que é também retroativo. Civilizações antigas, algumas ditas erroneamente “não civilizadas”, possuem um conhecimento maravilhoso sobre as vidas e suas relações com o universo. É também maravilhoso aprender com outras civilizações.

A felicidade se encontra nos prazeres simples da vida. O ato de comer alimentos naturais dá uma satisfação enorme! O indivíduo se sente em harmonia com leis que o forjaram durante milhares de anos. O ato da convivência social, da amizade, do amor entre duas pessoas podem nos levar ao êxtase emocional da felicidade. As atividades produtivas nos transmitem um confortável sentimento de realização.

Acima da felicidade proporcionada pelos prazeres legítimos do corpo, e acima da felicidade que vem da realização dos desejos do coração—amizade, amor—, está a máxima felicidade destinada aos seres humanos : a felicidade que vem do espírito. Entre os intelectuais, esta felicidade é relacionada à razão da ética, à estética, às atitudes comportamentais ou ao bem estar psicológico. Os filósofos costumam denominá-la de “aquisição de virtudes”, isto é, de características positivas e louváveis nas ações humanas. As religiões chamam este tipo de felicidade de “beatitude”, ou seja, um estado espiritual de prazer que provêm de ações puras e retas como, por exemplo, o amor universal, a obediência, a tolerância, a admiração, etc.

Todos estão certos. Os intelectuais e filósofos, enfatizando as relações sociais positivas, a ética e as virtudes. Os religiosos, os esotéricos e os “chamans” priorizando o amor e o espírito universais. Sendo a origem deste tipo de felicidade estimulada por uns ou por outros, ela é um estado de consciência especial que, em elevado grau, somente os seres humanos podem atingir.

Cultivar e colocar em prática um ideal que, desinteressadamente, colabore para um mundo melhor, é motivo para uma felicidade imensa!


OS PADRÕES DE CRESCIMENTO

Em relação ao item anterior, vejam como nos distanciamos dos valores que o mundo de hoje, unilateralmente,  quer nos incutir : um país é avaliado pelo seu PIB (produto interno bruto), ou seja, pela soma de sua produção material. Um estado é avaliado pelo seu índice de mortalidade infantil, pela expectativa de vida alcançada pelos seus habitantes, pelo seu número de empresas e empregados. Uma cidade é avaliada pelo seu tamanho, por quantas obras públicas foram executadas...As empresas, as famílias e as pessoas são avaliadas pelos seus rendimentos, por sua posição social, por quanto dinheiro se tem no bolso ou no banco.

Todas estas avaliações unilaterais são o que estimulam e conduzem o insustentável desenvolvimento atual, embora elas estejam corretas e  precisem existir. Entretanto, porque, antes delas, não se avalia o grau de felicidade de um povo que vive saudavelmente junto à natureza? Porque não se criam “medidores” que indiquem quanto de prazer as pessoas de uma classe social, ou de uma região, expressam com seus costumes, suas danças, seus folguedos, suas amizades, seus amores? Porque não inventam uma escala de valores que julgue os povos por sua felicidade advinda do companheirismo, da solidariedade, da cortesia, da ajuda mútua, da honestidade, da veracidade, da moderação, da consciência da cidadania universal? Estes são valores essenciais e intrínsecos à própria civilização humana. São eles que conferem a máxima felicidade. Há que revalorizá-los, que resgatá-los.


QUEM PAGA A CONTA

A idéia de reavaliar nos remete a outros conceitos: replanejar, retornar, reconduzir e vários outros. No entanto, um deles se evidencia—é o conceito de “valoração”. Valores monetários de custos ambientais precisam ser—mesmo com dificuldades—agregados a todos os alimentos, utensílios e bens produzidos pela indústria, além das transformações no espaço geofísico promovidas pela ação antrópica. Subjacente à produção industrial e às interferências nos espaços físicos, ainda reside o problema da apropriação das fontes de recursos e energias e suas aplicações, cujos custos ambientais devem ser embutidos nos produtos finais das indústrias. E para complicar, existem os custos ambientais de armazenamento, transporte, distribuição e comércio. Estes valores monetários de custos ambientais devem ser inteligentemente aplicados em sanar os danos provocados ao ambiente e à natureza, pois, de outra forma, do que adianta crescer economicamente, se este crescimento implica em destruição dos recursos essenciais à vida dos seres humanos? (e logicamente das outras forma de vida). A que nível mirabolante irá esta conta?

Quem deverá pagar o que não se pagou até hoje?...Os países economicamente ricos? Os países pobres?...As classes ricas? As classes economicamente pobres? ...E os custos que virão, maiores ainda, podemos deixar que os povos das gerações futuras paguem? (se deixarmos existir futuro para eles). Eis uma premente, enorme e polêmica questão!

Luiz A. V. Spinola, set/2006
Reeditado na forma de "Página" em 15/08/2008

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